logomarca

logomarca

Total de visualizações de página

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Resumo: CONFLITOS ÉTNICOS E GEOPOLÍTICOS

CONFLITOS ÉTNICOS E GEOPOLÍTICOS
Guerras entre Estados-Nações, guerras civis, guerrilhas, ocupação de territórios à força e movimentos de separatismo dentro de Estados-Nações acontecem em todos os continentes, exceto na Oceania.

Os principais motivos dos CONFLITOS NO mundo
Ø  Disputas por território
Ø  Soberania do Estado nacional (nacionalismo e separatismo)
Ø  Rivalidades étnicas e religiosas
Ø  Questões de fronteiras, recursos minerais e, até mesmo, água.
Ø  A pobreza é também causa de muitos desses conflitos.

CONFLITOS NO CONTINENTE AMERICANO
No continente americano predominam as guerrilhas de esquerda na Colômbia e no México, uma questão territorial envolvendo a Argentina e o Reino Unido pelo controle das Ilhas Falkland-Malvinas e uma guerra civil no HAITI.

COLÔMBIA País com saída para o Oceano Atlântico e Pacífico. Enfrenta a atuação das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e ELN (Exército de Libertação Nacional). Essas duas guerrilhas mantém ativo o conflito na Colômbia com tráfico de cocaína e sequestro de civis.
A AUC (Autodefesas Unidas da Colômbia) é uma Organização paramilitar apoiada pelo exército colombiano para o combate às guerrilhas. Em 2013 a AUC declarou que encerrou suas atividades e deixou a questão das FARC para o governo colombiano.

ILHAS MALVINAS (Argentina X Reino Unido) - As Ilhas Malvinas (em inglês Falkland Islands) são um território britânico ultramarino no Atlântico Sul, na América do Sul. Ocupadas pelos britânicos a partir da década de 1830. A soberania sobre as ilhas é reclamada pela Argentina. Em 1982, argentinos e britânicos travaram a Guerra das Malvinas pela posse do território.
Apesar da vitória militar britânica no conflito, o governo argentino mantém a reivindicação de soberania sobre as ilhas Falklands até hoje.

MÉXICO – País da América do norte em formato de funil. Tem como região mais pobre, a região de Chiapas nos sul do país. A região é rica em petróleo, porém é a mais atrasada do México, fato que levou o EZLN (Exército Zapatista de Libertação Nacional) – movimento rebelde, a ocupar várias cidades no estado de Chiapas em 1º de janeiro de 1994 (início do bloco NAFTA - Acordo Norte-Americano de Livre Comércio). Opôs-se ao governo mexicano, reivindicando o combate à exclusão social e a melhoria dos direitos constitucionais dos povos indígenas.
Liderado pelo subcomandante Marcos, iniciou negociações com o governo mexicano e não atua mais por meio do confronto armado.

HAITI Desde 2002 eclodem protestos e rebeliões contra o governo. Desde 2004, as tropas da ONU estão no país, sob a liderança militar do Brasil, para a manutenção da segurança e da paz no país. O país vive uma guerra civil.

CONFLITOS NO CONTINENTE EUROPEU
No continente europeu os problemas envolvem religião, territorialidade e etnias.

IRLANDA DO NORTE - A Irlanda do norte é uma república situada no norte da ilha da Irlanda. A Irlanda do Norte é marcada por conflitos entre católicos (irlandeses) e protestantes (ingleses). Os católicos são majoritários na República da Irlanda (conhecida como EIRE), mas minoritários na Irlanda do Norte (conhecida como Ulster). Os católicos da Irlanda do Norte (Ulster) reivindicam a separação do Ulster em relação ao Reino Unido e desejam a integração do Ulster à Irlanda (EIRE).
Em 1964 pra combater a dominação britânica sobre a Irlanda do Norte e para unir o ULSTER à Irlanda, formou-se o IRA - Exército Republicano IRLANDÊS) – grupo que se notabilizou por uma série de atentados terroristas. Um acordo de paz foi assinado em 1998, porém a situação ainda é relativamente tensa.

ESPANHA / BASCOS - O “País Basco” localiza-se entre Espanha e França. Durante a ditadura de Francisco Franco (1939-1975), os bascos foram proibidos de ensinar sua língua (euskera) nas escolas da região e de usar a bandeira com as cores do País Basco. Em 1959, foi criado o ETA (Euskadi Ta Askatasuna), que reivindica a independência do “País Basco” por meio de da violência e atentados terroristas. É considerada a guerrilha com mais tempo em atuação. A partir da redemocratização do país, o ETA perdeu a credibilidade e o apoio popular, mas se mantém ativo.

CÁUCASO (1.Rússia; 2.Geórgia; 3.Armênia-AZERBAIJÃO) A região do Cáucaso é uma região montanhosa, considerada uma das mais conflituosas do planeta. Região de grande diversidade étnica. Os conflitos atuais dessa região estão ligados a nacionalismos (motivos políticos) e às diferenças religiosas.
1. As repúblicas da Chechênia e do Daguestão - ricas em petróleo, pertencem à Rússia. utam pela independência e para implantar Estados Islâmicos, empregando inclusive táticas terroristas. Entre
1994 e 1996, ocorreu violenta guerra entre os rebeldes chechenos e a Rússia, arrasando várias cidades da república. A Chechênia Conseguiu uma autonomia parcial, mas em 1999, o governo russo volta a intervir na região.
2. No início dos anos 90, a República Ossétia do Sul proclamou sua independência em relação à Geórgia. para em um acordo de paz que, contudo, não evitou o país de manter tropas na região. Em agosto de 2008 ocorreu invasão da Rússia na região.
3. Conflito entre a Armênia e o Azerbaijão, devido às disputas por uma região denominada Nagorno-Karabakh. Essa região é habitada por uma população predominantemente armênia e cristã, porém está localizada em um território dentro do Azerbaijão, um país majoritariamente mulçumano.

UCRÂNIA O ano de 2014 foi marcado por fortes conflitos entre a Rússia e a Ucrânia. A decisão do presidente Viktor Yanukovich de aproximar a Ucrânia da Rússia, ao invés de assinar um acordo com a União Europeia, deflagrou um intenso conflito na Ucrânia. O presidente fugiu para a Rússia e deixou um país dividido: a metade ocidental é pró-europeia, enquanto a outra metade oriental é ligada à Rússia.
A anexação da CRIMEIA (Ucrânia) à Rússia AGRAVOU ainda mais a situação. A população, dividida entre pró-russos e pró-europeus, tenta sobreviver a ataques de ambos os lados: rebeldes separatristas e exército. A crise fez reaparecer aspectos da Guerra Fria.

(BÁLCÃS) ANTIGA IUGOSLÁVIA - A Iugoslávia era formada por várias etnias, ente elas: eslovenos, sérvios, croatas, muçulmanos, bósnios. Em 1945, com o término da 2ª Guerra Mundial, o país se tornou uma república socialista liderada pelo Marechal Tito unindo todas as etnias que viviam no país, sem alinhar se à URSS.
Após a morte do Marechal, as várias etnias que viviam no país, começaram uma crise étnica. Em 1991 Croácia e Eslovênia declararam independência, levando a uma guerra que se alastrou pela Bósnia-Herzegovina, onde os conflitos foram mais violentos. Os conflitos na Bósnia em 1994 envolveram sérvios, croatas e bósnios muçulmanos, com cerca de 250 mil mortos, várias acusações de limpeza étnica e participação da OTAN no acordo de Dayton (1995).
Em 1998 Conflitos em Kosovo (província da Sérvia), que possui maioria albanesa. Os sérvios foram acusados de limpeza étnica e a OTAN bombardeia a Iugoslávia. Atualmente o que sobrou da Iugoslávia foi a província de Kosovo que se tornou um país independente em 2008.
CONFLITOS NO CONTINENTE ASIÁTICO
No continente asiático os conflitos são na maioria étnicos e territoriais ou guerras internacionais.

ORIENTE MÉDIO
(ISRAEL X PALESTINA) Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou um plano de partilha da Palestina que previa a criação de dois Estados: um judeu e outro palestino. As 4 guerras árabes-israelenses:

1.         A recusa árabe em aceitar a decisão da partilha da palestina conduziu ao primeiro conflito entre Israel e países árabes (1948).
2.         Guerra de Suez (1956)
3.         Guerra dos Seis Dias (1967)
4.         Guerra do Yom Kippur (1973)

Ø  Década de 1980 – primeira Intifada – “revolta das pedras”
Ø  1993-95 – assinatura de acordos de paz entre Israel e a OLP de Yasser Arafat – devolução gradual dos territórios palestinos
Ø  2001 – eleição de Ariel Sharon e paralisação das negociações; nova Intifada, sequência de atentados terroristas.
Ø  2004 – morte de Arafat; indefinição do conflito.

Problemas e consequências dos conflitos:

Ø  Assentamentos judaicos, Estado Palestino. Faixa de Gaza Região controlada por maioria palestina (controle Hamas).
Ø  Independência Palestina: busca poderes soberanos na Cisjordânia (incluindo Jerusalém Oriental) e Faixa de Gaza.
Ø   Refugiados palestinos
Ø  Grupos paramilitares árabes são a favor da causa Palestina
Ø  Cisjordânia: região disputada pelos: recursos hídricos (possui lençóis subterrâneos de água) questões religiosas (Jerusalém, ponto de discórdia, cidade sagrada para três religiões, Judaísmo, cristianismo e Islamismo.
IRAQUE
è  1980-1988 - Guerra Irã-Iraque por áreas petrolíferas do Golfo Pérsico – Sadam Hussein é apoiado por EUA, URSS e outros países.
è  1991 - Guerra do Golfo – coalizão de países força a retirada das tropas iraquianas do Kuwait. Iraque sofre embargo da ONU e são adotadas zonas de exclusão aérea.
è  2003 - Ataque dos EUA, Reino Unido e outros países justificado pela suspeita de armas de destruição em massa e para depor a ditadura de Sadam Hussein.
è  Acredita-se que o verdadeiro motivo da ocupação seja a riqueza de petróleo do país, uma das maiores reservas do mundo.
è  2003 – 2005 INSTABILIDADE constante no país, com atentados terroristas e forças rebeldes controlando alguns territórios. Sadam Hussein foi condenado em 5 de novembro de 2006 e em 30 de dezembro, foi enforcado em Bagdá.

AFEGANISTÃO
è  1979-1989 – tentativa de dominação soviética, frustrada pela oposição dos mujahedin (guerrilheiros islâmicos), entre eles Bin Laden, apoiados pelos EUA, Irã e Paquistão.
è  1996 - tomada do poder pelo grupo radical sunita Taleban, que adota a Sharia (doutrina islâmica) como lei. O talebã governa o país até 2001.
è  2001 - atentados aos EUA atribuídos a Bin Laden; os EUA atacam o Afeganistão acusando-o de proteger o terrorista e servir de base para a Al Qaeda; o Taleban é deposto do poder.
è  Em 2004, o Afeganistão ganhou uma constituição e foi realizada a primeira eleição. A guerra continua entre governo e guerrilheiros talibãs.  
è  2011 - Osama bin Laden, responsável pelo maior ataque dos EUA, foi morto por agentes da Cia noPaquistão.

CURDISTÃO Maior grupo nação ou étnico sem território. Os curdos, de maioria muçulmana sunita, espalham-se principalmente por terras da Turquia, do Irã e do Iraque, onde sofreram duras perseguições, embora ocupem também pequenas áreas da Síria e da Armênia.

ÍNDIA X PAQUISTÃO
è  1947 – independência da região e divisão da antiga colônia britânica em Índia (hinduísmo) e Paquistão (islamismo).
è  1947 e 1971 – conflitos entre os dois países pela disputa da Caxemira e pelo apoio indiano à independência de Bangladesh (ex-Paquistão Oriental).
è  1974 – Índia explode sua primeira bomba atômica.
è  1998 – Os dois países realizam testes nucleares e aumentam seu arsenal bélico.
è  Caxemira – região localizada no norte da Índia, mas de maioria muçulmana, que luta pela anexação ao Paquistão. A Índia também tem problemas com separatistas sikhs, que lutam pela independência do estado de Punjab, no norte do país.

TIMOR LESTE
è  1975 – independência em relação a Portugal.
è  1975-1999 – anexação do Timor Leste pela Indonésia.
è  1999 – plebiscito define desocupação indonésia do país; militares indonésios atacam a população civil; intervenção de tropas da ONU.
è  2001-2002 – realização de eleições e pacificação completa do país. O país passou a ser membro da ONU e independente da Indonésia.

CHINA X TAIWAN - A China considera a ilha de Taiwan um território rebelde e exige sua reintegração, ameaçando invadir militarmente a ilha. CHINA X TIBET - Até 1950, TIBET era uma região independente. Em 1950, o governo chinês anexou o Tibet. Os militares chineses começaram a ocupar a região e obrigaram o governo tibetano a assinar um documento de cooperação. O Tibete pretende sua independência em relação à China.

CONFLITOS NO CONTINENTE AFRICANO
No continente africano os conflitos são consequências das fronteiras artificias impostas durante o período colonial, que levou o continente a vários tipos de guerras. Conjunto de problemas: fome, guerras civis, aids, miséria, catástrofes naturais, fraca economia, fronteiras artificiais – formam um verdadeiro barril de pólvora. A Maioria dos países africanos passou por algum conflito nos últimos quinze anos

SUDÃO (GUERRA CIVIL) - Os conflitos no Sudão começaram em 1983, quando o então presidente Jafar Numeri tentou impor a lei islâmica no sul do país de maioria cristã. A maioria das etnias oprimidas, então, passou a organizar a resistência armada contra o governo muçulmano. Foi uma das guerras mais longas e mais mortíferas do final do século XX. No dia 8 de julho de 2011, a população do sul celebrou a independência, resultado de um referendo feito no começo do ano, conforme previa o acordo de paz de 2005. O novo país: Sudão do Sul (ONU 14 de julho), tem Juba como capital. DARFUR região localizada no extremo oeste da República do Sudão. Em fevereiro 2003, iniciou um conflito, com uma ofensiva dos rebeldes que lutam pela separação de seu território. O governo respondeu de forma violenta e repressora e deixou cerca de 30 mil mortos e milhões de refugiados
RUANDA país na região dos Grandes Lagos, Sem saída para o mar. País marcado peloódio entre duas etnias Hutus versus TUTSIS.Em Ruanda, uma rebelião ocorrida logo após a independência em relação à Bélgica (1962) recolocou as tribos hutus na posição de mando original, isto é, nas mãos dos hutus. Em 1994 houve outra guerra civil, com o genocídio de quase 1 milhão de tutsis.

BURUNDI - Sem saída para o mar, o Burundi está situado no centro-leste da África, na região dos Grande Lagos. Desde a independência, na década de 1960, é palco de violentos combates que envolvem tutsis e hutus - etnias também em conflito na vizinha Ruanda com centenas de milhares de mortos e refugiados.

GUERRA DO CONGO Ficou conhecida como a Guerra Mundial Africana ou a Grande Guerra de África. A maior guerra na história moderna de África, e um dos conflitos mais mortíferos desde a Segunda Guerra Mundial. Envolveu diretamente oito países africanos, bem como cerca de 25 grupos armados. 3,8 milhões de pessoas morreram a maioria de inanição e doenças. Vários outros milhões foram deslocados das suas casas ou procuraram asilo em países vizinhos.

23. A PRIMAVERA ÁRABE
O termo se refere a uma série de revoltas que sacudiu o mundo árabe (Norte da África e Oriente Médio) em dezembro de 2010. O movimento ficou conhecido como “primavera árabe” em referência à Primavera dos Povos (1848). Também o nome primavera tem sido associado a um “despertar” do mundo árabe para a sua condição social e política atual. Entre as causas da Primavera Árabe podemos citar:
Ø  Altos índices de desemprego na região;
Ø  Crise econômica;
Ø  Pouca ou nenhuma representação política da população;
Ø  Ditaduras;
Ø  Pouca liberdade de expressão;

TUNÍSIA - O dia 17 de dezembro de 2010 é considerado o início do movimento. Nessa data, um jovem comerciante Mohamed Bouazi proibido de vender seus produtos na feira ateou fogo ao próprio corpo, em protesto contra as condições de vida em seu país – a Tunísia. O ato motivou uma multidão ir às ruas protestar contra o governo, gerando um movimento incontrolável que se espalhou por diversos países da região. O então presidente do país Zine El Abdine Bem Ali que estava no poder há 23 anos renunciou iniciando uma série de protestos nos países vizinhos

EGITO – Os protestos iniciados na Tunísia derrubaram em 11 de fevereiro de 2011 o governo de Hosni Mubarak, há 30 anos no poder do país.

LÍBIA – Em 13 de fevereiro de 2011 os protestos começaram no país governado por Muammar kadafi - há 42 anos. Os rebeldes dominaram a capital do país com a atuação das tropas da OTAN e em outubro o presidente Kadafi foi capturado e executado por rebeldes no meio da rua.

IÊMEN – Os protestos para derrubar o presidente Ali Abdullah Saleh no cargo há 30 anos, começaram em 12 de fevereiro de 2011. O país tem células da Al-Qaeda e agravou a situação. Em junho o presidente foi ferido em um ataque e fugiu do país. em janeiro de 2015 outro presidente do país foi deposto por rebeldes que cercaram o palácio do governo.

SÍRIA – Os protestos no país começaram em março de 2011. O presidente Bashar Al – Assad, há 10 anos no cargo, reprimiu com violência o movimento. Os protestos continuam e já levou milhares de refugiados para a Turquia e Líbano. O país vive uma guerra civil até os dias atuais, com ameaça de ataque norte-americano ao país. O grupo terrorista estado islâmico controla o norte do país e avança pelo Iraque.
SUDÃO- No dia 8 de julho de 2011(ONU 14 de julho), a população do sul celebrou a independência em relação ao Sudão. Resultado de um referendo feito no começo do ano e também por consequência dos movimentos populares da Primavera Árabe. O mais novo país do mundo, é uma consequência das revoltas da primavera árabe também

O uso das redes sociais na internet e atuação da rede de TV al-jazeerra foram fundamentais para a propagação das revoltas nos países árabes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário