CONFLITOS GEOPOLÍTICOS
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Guerras
entre Estados-Nações, guerras civis, guerrilhas, ocupação de territórios à
força e movimentos de separatismo dentro de Estados-Nações acontecem em todos
os continentes, exceto na Oceania. Os principais motivos dos conflitos que
ocorrem no mundo são: disputas por território, soberania do Estado nacional
(nacionalismo e separatismo), rivalidades étnicas e religiosas, questões de
fronteiras, recursos minerais e, até mesmo, água. A pobreza é também causa de
muitos desses conflitos.
CONTINENTE AMERICANO – No continente americano predominam as guerrilhas de
esquerda, na Colômbia e no México, e uma questão territorial envolvendo a
Argentina e o Reino Unido pelo controle das Ilhas Falkland-Malvinas.
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COLÔMBIA: País com saída para o Oceano Atlântico e Pacífico,
enfrenta a atuação das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e
ELN (Exército de Libertação Nacional) – guerrilhas de esquerda surgidas na
década de 1960 muito ativas até 1980. Após esse período, perderam seu caráter
ideológico e passaram a atuar buscando desestabilizar o governo colombiano.
Cobram ‘pedágios’ dos traficantes de drogas nas áreas que controlam – cerca de
metade do território do país. Como oposição a essas guerrilhas surgiram as AUC
(Autodefesas Unidas da Colômbia), grupos paramilitares de direita apoiados pelo
exército colombiano par combater as duas guerrilhas. As Farc atualmente
tem um partido político visando conseguir apoio político no país, deixando de
lado um pouco a luta armada.
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ILHAS MALVINAS (Argentina X Reino Unido)
- As Ilhas Malvinas (em inglês Falkland
Islands) são um território britânico ultramarino no Atlântico
Sul constituído por duas ilhas principais e um número elevado de ilhas
menores, situadas ao largo da costa da América do Sul. Ocupadas pelos
britânicos a partir da década de 1830, A soberania sobre as ilhas é reclamada
pela Argentina. Em 1982, argentinos e britânicos travaram a Guerra
das Malvinas pela posse do território.
Apesar da vitória
militar britânica no conflito, o governo argentino mantém a reivindicação de
soberania até hoje.
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MÉXICO – País da América do norte em formato de funil tem
como região mais pobre a região de Chiapas nos sul do país, a região é rica em
petróleo, porém é a mais atrasada do México, fato que levou o EZLN (Exército
Zapatista de Libertação Nacional) – movimento rebelde, a ocupar várias
cidades no estado de Chiapas em 1º de janeiro de 1994 (início do NAFTA - Acordo
Norte-Americano de Livre Comércio)). Opôs-se ao governo mexicano, reivindicando
o combate à exclusão social e a melhoria dos direitos constitucionais dos povos
indígenas.
Liderado pelo
subcomandante Marcos, iniciou negociações com o governo mexicano e não atua
mais por meio do confronto armado.
CONTINENTE
EUROPEU
– No continente europeu os problemas envolvem religião, territorialidade e
etnias.
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IRLANDA DO NORTE - A Irlanda do norte é uma república situada no
norte da ilha da Irlanda. Os problemas na Irlanda do Norte são consequência de
uma longa história de conflitos entre católicos (irlandeses) e protestantes
(ingleses). Os católicos são majoritários na República da Irlanda (conhecida
como EIRE), mas minoritários na Irlanda do Norte (conhecida como Ulster). Os
católicos da Irlanda do Norte (Ulster) reivindicam a separação do Ulster em
relação ao Reino Unido.
Em 1964 pra combater
a dominação britânica sobre a Irlanda do Norte formou-se o IRA (Irish
Republican Army / Exército Republicano Irlandês) – grupo que se notabilizou por
uma série de atentados terroristas. Um acordo de paz foi assinado em 1998,
porém a situação ainda é relativamente tensa.
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ESPANHA / BASCOS - O “País Basco”
localiza-se entre Espanha e França. Os bascos são um povo com língua de origem
desconhecida e cultura tradicional. Durante a ditadura de Francisco Franco
(1939-1975), os bascos foram proibidos de ensinar sua língua (euskera) nas
escolas da região e de usar a bandeira com as cores do País Basco.
Em 1959, foi criado o
ETA (Euskadi ta Askatasuna), que reivindica a independência do “país basco”. O
grupo foi responsável por inúmeros atentados terroristas ao longo da História e
é considerada a guerrilha com mais tempo em atuação. A partir da
redemocratização do país, o ETA perdeu a credibilidade e o apoio popular, mas
se mantém ativo.
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CÁUCASO (Rússia,
Geórgia, Armênia, Azerbaijão)– A região do Cáucaso uma região montanhosa
considerada uma das mais conflituosas do planeta. Região de grande diversidade
étnica teve duas influências religiosas fundamentais: a cristã ortodoxa e a
islâmica. Os conflitos atuais dessa região estão ligados a nacionalismos
(motivos políticos) e às diferenças religiosas.
As repúblicas da
Chechênia e do Daguestão - ricas em petróleo, pertencem à Rússia onde vários grupos lutam pela independência e para implantar
Estados Islâmicos, empregado inclusive táticas terroristas.
Entre 1994 e 1996,
ocorreu violenta guerra entre os rebeldes chechenos e a Rússia, arrasando
várias cidades da república. A Chechênia Conseguiu uma autonomia parcial, mas
em 1999, o governo russo volta a intervir na região.
No início dos anos
90, a República Ossétia do Sul proclamou sua independência em relação à Geórgia para em um acordo de paz que, contudo, não evitou o
país de manter tropas na região. Em agosto de 2008 ocorreu invasão da Rússia na
região.
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(Bálcãs) ANTIGA
IUGOSLÁVIA - A Iugoslávia surgiu como uma monarquia em
1920. Formada por várias etnias , ente elas: eslovenos, sérvios, croatas,
muçulmanos, bósnios. Em 1945, com o término da 2ª Guerra Mundial, o país se
tornou uma república socialista liderada pelo Marechal Tito sem alinhar se à
URSS.
Após a morte do
general que conseguira unir as várias etnias que viviam no país, começou uma
crise étnica. Em 1991 as duas república mais ricas da Iugoslávia Croácia e
Eslovênia declararam independência levando a uma guerra que se alastrou pela
Bósnia-Herzegovina, onde os conflitos foram mais violentos. Conflitos na Bósnia em 1994 envolveram sérvios, croatas e
bósnios muçulmanos, com cerca de 250 mil mortos, várias acusações de limpeza
étnica e participação da OTAN no acordo de Dayton (1995).
Em 1998 Conflitos em
Kosovo (província da Sérvia), que possui maioria albanesa. Os sérvios são
acusados de limpeza étnica e a OTAN bombardeia a Iugoslávia. Atualmente o que
sobrou da Iugoslávia foi a província de Kosovo que se tornou independente em
2008.
CONTINENTE ASIÁTICO – No continente asiático os conflitos são na maioria
territoriais ou guerras internacionais.
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ORIENTE MÉDIO
(ISRAEL
X PALESTINA) – Em 1947,
a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou um plano de partilha da Palestina
que previa a criação de dois Estados: um judeu e outro palestino. A recusa
árabe em aceitar a decisão conduziu ao primeiro conflito entre Israel e países
árabes.
A segunda guerra
(Suez, 1956) decorreu da decisão egípcia de nacionalizar o canal, ato que
atingia interesses anglofranceses e israelenses. Vitorioso, Israel passou a
controlar a Península do Sinai. O terceiro conflito árabe-israelense (1967)
ficou conhecido como Guerra dos Seis Dias, tal a rapidez da vitória de Israel.
Em 6 de outubro de
1973, quando os judeus comemoravam o Yom Kippur (Dia do Perdão), forças
egípcias e sírias atacaram de surpresa Israel, que revidou de forma arrasadora.
A intervenção americano-soviética impôs o cessar-fogo, concluído em 22 de
outubro.
IRAQUE - 1980-1988 – Guerra
Irã-Iraque – Sadam Hussein é apoiado por EUA, URSS e outros países.1991 –
Guerra do Golfo – coalizão de países força a retirada das tropas iraquianas do
Kuwait. Iraque sofre embargo da ONU e são adotadas zonas de exclusão aérea.2003
– Ataque dos EUA, Reino Unido e outros países justificado pela suspeita de
armas de destruição em massa e para depor a ditadura de Sadam Hussein.
Acredita-se que o verdadeiro motivo da ocupação seja a riqueza de petróleo do
país, uma das maiores reservas do mundo. 2003- 2005 – Instabilidade constante
no país, com atentados terroristas e forças rebeldes controlando alguns
territórios.
AFEGANISTÃO
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1979-1989 – tentativa de dominação soviética, frustrada pela oposição dos
mujahedin (guerrilheiros islâmicos), entre eles Bin Laden, apoiados pelos EUA,
Irã e Paquistão. 1996 – tomada do poder pelo grupo radical sunita Taleban, que
adota a Sharia (doutrina islâmica) como lei. 2001 – atentados aos EUA
atribuídos a Bin Laden; os EUA atacam o Afeganistão acusando-o de proteger o
terrorista e servir de base para a Al Qaeda; o Taleban é deposto do poder.
CURDISTÃO - Maior grupo étnico
sem território, os curdos, de maioria muçulmana sunita, não são turcos nem
árabes nem persas. Espalham-se principalmente por terras da Turquia, do Irã e
do Iraque, onde sofreram duras perseguições, embora ocupem também pequenas
áreas da Síria e da Armênia.
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ÍNDIA X PAQUISTÃO - 1947 –
independência da região e divisão da antiga colônia britânica em Índia
(hinduísmo) e Paquistão (islamismo).1947 e 1971 – conflitos entre os dois
países pela disputa da Caxemira e pelo apoio indiano à independência de
Bangladesh (ex-Paquistão Oriental).1974 – Índia explode sua primeira bomba
atômica.1998 – Os dois países realizam testes nucleares e aumentam seu arsenal
bélico.
Caxemira – região
localizada no norte da Índia, mas de maioria muçulmana, que luta pela anexação
ao Paquistão.A Índia também tem problemas com separatistas sikhs, que lutam
pela independência do estado de Punjab.
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TIMOR LESTE - 1975 –
independência em relação a Portugal.1975-1999 – anexação do Timor Leste pela
Indonésia.1999 – plebiscito define desocupação indonésia do país; militares
indonésios atacam a população civil; intervenção de tropas da ONU.2001-2002 –
realização de eleições e pacificação completa do país.
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CHINA X
TAIWAN -
A China considera a ilha de Taiwan um território rebelde e
exige sua reintegração sob ameaça de usar a força caso Taiwan opte
por reafirmar sua independência.
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CHINA X
TIBET -
O Tibet é também chamado de "Teto do Mundo“. Sua história data de 2.300
anos atrás. No século VII, o imperador tibetano adotou o budismo Mahayana e
traduziu a literatura budista para a língua tibetana. Em 1950, o governo chinês
anexou o Tibet. Os militares chineses começaram a ocupar a região e obrigaram o
governo tibetano a assinar um documento de cooperação.
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CONTINENTE AFRICANO – No continente africano os conflitos
são consequências das fronteiras artificias impostas durante o período
colonial, que levou o continente a vários tipos de guerras. Conjunto de
problemas: fome, guerras civis, aids, miséria, catástrofes naturais, fraca
economia, fronteiras artificiais – formam um verdadeiro barril de pólvora. A Maioria
dos países africanos passou por algum conflito nos últimos quinze anos: Ruanda,
Burundi, Serra Leoa, Libéria, Sudão, Somália, Etiópia, Eritréia, República
Democrática do Congo, Angola, Moçambique, Argélia são alguns exemplos.
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SUDÃO (GUERRA CIVIL) - Os conflitos no
Sudão começaram em 1983, quando o então presidente Jafar Numeri tentou impor a
lei islâmica no sul do país de maioria cristã. A maioria das etnias oprimidas,
então, passaram a organizar a resistência armada contra o governo muçulmano.
Foi uma das guerras mais longas e mais mortíferas do final do século XX.
No dia 8 de julho de
2011( ONU 14 de julho), a
população do sul celebrou a independência, resultado de um referendo
feito no começo do ano, conforme previa o acordo de paz de 2005 que encerrou
décadas de guerra civil. O novo país tem Juba como capital, e foi reconhecido
oficialmente pelo governo do Sudão, com sede em Cartum, horas antes
da secessão formal.
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RUANDA - Hutus versus Tutsis: ódio entre duas etnias
em Ruanda.
Em Ruanda, uma rebelião ocorrida logo após a
independência em relação á Bélgica (1962) recolocou as tribos hutus na posição
de mando original, isto é, nas mãos dos hutus.
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BURUNDI - Sem saída para o
mar, o Burundi está situado no centro-leste da África, na região dos Grandes
Lagos. Desde a independência, na década de 1960, é palco de violentos combates
que envolvem tutsis e hutus - etnias também em conflito na vizinha Ruanda -, com
centenas de milhares de mortos e refugiados.
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GUERRA DO CONGO: A
Guerra Mundial Africana - A Primeira Guerra do Congo (1996-1997)
foi uma guerra de seis meses desenvolvida no Zaire, que tinha o objetivo
de derrubar o ditador nacionalista Mobutu Sese Seko (apoiado
pelos EUA). As forças de oposição a Mobutu eram lideradas pelo líder
guerrilheiro Laurent-Désiré Kabila, com o apoio dos países vizinhos
(especialmente Ruanda e Uganda). Tomando Kinshasa, Kabila
declarou-se presidente e alterou o nome do país para República Democrática
do Congo. A Segunda Guerra do Congo, também conhecida como a Guerra
Mundial Africana ou a Grande Guerra de África, foi um conflito
armado que se iniciou em 1998 e terminou oficialmente
em 2003 quando o Governo de Transição da República
Democrática do Congo tomou o poder. A maior guerra
na história moderna de África, um dos conflitos mais mortíferos
desde a Segunda Guerra Mundial, envolveu diretamente oito países
africanos, bem como cerca de 25 grupos armados. 3,8 milhões de pessoas
morreram, a maioria de inanição e doenças. Vários outros milhões foram
deslocados das suas casas ou procuraram asilo em países vizinhos.
Ajudou bastante, muito obrigada!!
ResponderExcluirNao gostei de assunto é muita coisa
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